sexta-feira, 25 de julho de 2008

Ídolos, clichês, modinha

Sabe cara, em meio à esses álbuns do orkut, eu me sinto meio sozinho.
Todo mundo agora resolveu fazer a mesma coisa e consegue lotar seus álbuns com isso...
Adoro quando aparecem essas modinhas no orkut, o pessoal todo, do nada, começa a fazer as memas mudanças no seu perfil. Eu não.

Será que eu sou tão diferente assim?

O fato é que eu não tenho ídolos.
Acho que nunca tive, sabe.
Essa coisa louca, de supostamente morrer de amores por uma pessoa que tu nunca viu cara-a-cara, de fato.

Ou viu, não importa.


Tipo aquelas fãs histéricas que lotam shows de boybands modinha, sabe?

("boybands modinha", nos dias de hoje, não são mais como Backstreet Boys, N'Sync... tá mais puxado pra Nx-Zero, Fresno, essas coisas aí)

Os caras que sabem de cor todas as letras daquela banda de metal que tem mais de 20 anos!
O malandro que conhece toda a trajetória do jogador aquele, daquele time, que fez sei eu quantos gols.
Os nerds malucos que viram e reviram todos os episódios daquele seriado megafamoso.
Ou ainda a guria que tem todos (eu disse todos) os recortes de jornal com notícias sobre o Daniel e vendeu o seu rádio para poder ir no Show do cara.

Não sei ser assim.

Vai ver o problema está comigo mesmo.
O pessoal todo tem seus ídolos, cria seus álbuns, escuta as suas músicas, vê os seus filmes, seriados, super feliz, praticamente um vício alternativo, essa coisa de ser fã, de fato.

Duvido muito que um dia tu vejas um álbum do meu orkut com o título "Ídolos", como o pessoal gostou de fazer agora. Eu não teria fotos para colocar ali. Não consigo ter tal admiração louca por ninguém em especial, nem que eu me esforce para pensar em alguma banda, cantor, jogador ou série de TV.

Por algum tempo me enganei com o Justin.

Amigo 1: Hey, eu gosto dos Beattles!
Amigo 2: Eu, eu gosto do Raul Seixas, o cara era meeestre!
Amigo 3: Bá, bom mesmo só Red Hot hein, os caras são f*da.
Marcelo: Justin cara, Justin é lindo!

Era uma saída para não me sentir sozinho nessas rodinhas de conversa de fãs, pelo menos.
Não que eu não goste do Justin, muito pelo contrário, de fato curto as músicas dele.
Mas o meu apreço pelo Sr. Timberlake está anos-luz de ser o que o pessoal parece sentir pelos seus ídolos.

Não choro em show, não baixo todas as músicas nem leio todas as notícias sobre ninguém. Esse conceito de ídolo está longe de ser algo que eu use na minha vida.

Sei lá, queria ter um ídolo mór sabe, ou alguma coisa com a qual eu me identificasse, verdadeiramente.
Tipo para quando os meus amigos vissem o cara (meu ídolo) na TV, imediatamente pensassem em mim: "Bá, será que o Marcelo tá vendo isso? Ele ia adorar!"

Falta eu me identificar com o dito cujo, conseguir mostrar pro mundo o quando eu realmente gosto do trabalho dele, sei eu.

Ou vai ver falta é alguém que realmente me chame a atenção para que eu chegue a tal ponto.
Ou ainda, quem sabe, é o meu conceito de ídolo esteja errado.

De um jeito ou de outro, ainda me sinto sozinho em meio à esses novos álbuns do orkut.
Na pior das hipóteses, não entro nessa coisa de modinha. :)
Se bem que é meio poser isso né? Fazer questão de dizer que não entra em modinhas...

Ah, deixemos os posers para o próximo post, por hora seguirei a minha busca à um ídolo.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Livro sem nome, Capítulo III, texto 1

[...]

"E, ainda que insegura e tímida, acabou se rendendo em dois beijos curtos, ali mesmo, naquele táxi. Eu, que nunca tivera experimentado tamanho bem-estar, tamanha sensação de meta atingida, tão logo coloquei meus pés para fora do carro comecei a vibrar, a rir sozinho.
Olhava em volta, me via naquela situação e ria mais ainda. Ria da minha própria euforia, ria do meu próprio estado-de-espírito que estava em algum lugar entre a alegria dos vencedores e a felicidade quase idiota dos apaixonados.
Sorri e vibrei como nunca. Aqueles dois beijos, mesmo que inseguros e tímidos como nós dois naquele momento, se tornaram uma espécie de divisor de águas na minha vida, me preparando para todas as coisas lindas, ímpares e até mesmo mágicas que viriam depois."

[...]


Nota do escritor: Por que diabos eu escrevo como uma bixa quando o tema é ela? Tipo foge total do meu estilo, não acha? Coisa maluca.